Área de identificação
Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
Forma(s) paralela(s) de nome
- Marileide Cassoli
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
- CASSOLI, Marileide Lázara;
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
Área de descrição
Datas de existência
Histórico
Natural de Marília, município localizado no Centro-Oeste paulista, iniciou sua formação de Historiadora no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), localizado em Mariana, campus da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), no início dos anos 1980. Em julho de 1986, obteve o título de Bacharel em História, com a monografia Senhores e Escravos em Minas Gerais, Século XIX, tema com o qual iniciou os estudos em Ciências Políticas, no Departamento de Ciência Política (DCP) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 1991, iniciou a carreira docente atuando como professora de Ensino Médio no Colégio São Francisco Xavier, localizado em Ipatinga, Minas Gerais, onde permaneceu até o ano de 2005. Principiou uma nova etapa profissional em 2006, como docente do Ensino Superior, na Faculdade Pitágoras, campus de Ipatinga. Essa foi a oportunidade para uma retomada da trajetória acadêmica: Pós-Graduação Latu Senso, seguida pelo Mestrado pelo ICHS-UFOP, Doutorado em História Social da Cultura pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas-UFMG. Essa retomada foi também um reencontro, com temas de pesquisa – iniciados ainda na Graduação – , com professores que me receberam de volta em minhas antigas “casas” de formação, como orientadora, Andréa Lisly Gonçalves (UFOP) e orientador, Douglas Cole Libby (UFMG); autoras e autores que lia e admirava se tornaram mestres com os quais dialoguei no decorrer das disciplinas cursadas. Foram anos de muito aprendizado, profissional e pessoal, com oportunidades como a realização de estágio doutoral na Central Connecticut State University, localizada em New Britain, EUA, com a professora Mary Ann Mahoney. Os Pós-doutorados que se seguiram, nas áreas de História e Educação, trouxeram novas aproximações, participação em projetos e grupos de pesquisa enriquecedores: Andréa Lisly Gonçalves, Luciano Mendes, Hebe Mattos, Vera Lúcia Nogueira. Uma pequena parte apenas dessa longa trajetória percorrida pela “menina do interior” está narrada aqui, em breves palavras, que também querem dizer da alegria da retomada, do reencontro e do aprender constante.
Locais
Belo Horizonte -MG
Estado Legal
Funções, ocupações e atividades
Doutora em História, pela Universidade Federal de Minas Gerais - Linha de pesquisa: História Social da cultura, área de concentração: História, tradição e modernidade (política, cultura e trabalho); recebeu financiamento CAPES-PROEX, processo número 99999.013597/2013-02. Realizou estágio de doutoramento, em 2014, financiado pela Bolsa Sanduíche-CAPES, processo n 013597/2013-02, na Central Connecticut State University, em New Britain, CT, USA. Possui graduação em História pela Universidade Federal de Ouro Preto, Especialização em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais; Pós-graduação em Tecnologia e Didática do Ensino Superior pelo Pitágoras Sistema de Educação Superior; Mestrado em História pelo ICHS/UFOP, área de concentração: Sociedade, poder e região. Atuou, nos anos de 2012 e de 2015, como orientadora de monografias de conclusão de curso, no "Curso de Especialização em Gestão de Políticas Públicas com ênfase em Gênero e Raça, oferecido pelo Programa de Educação para a Diversidade da Universidade Federal de Ouro Preto, em parceria com a Cátedra UNESCO, Água, Mulheres e Desenvolvimento". Pós-Doutora em História pelo ICHS/UFOP. Pós-Doutora em Educação pela FaE/UFMG. Pós-Doutora em História pela UFJF. Exerceu função de pesquisadora (Bolsista Fapemig) no Instituto René Rachou-Fiocruz Minas, onde desenvolveu o projeto de pesquisa Acamares: reciclagem e Cidadania, integrando o grupo de pesquisa Saúde, Educação e Cidadania. Atualmente, realiza estágio Pós-doutoral junto ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, sob a supervisão da profa. dra. Vera Nogueira. Atua nas áreas de Docência, Pesquisa e Extensão.
Mandatos/fontes de autoridade
Estruturas internas/genealogia
Contexto geral
As pesquisas que venho desenvolvendo desde a graduação em História tratam de temas relacionados ao sistema escravista e ao período pós-abolição. Os recortes temporais abarcam o período da segunda metade do século XIX, a partir de 1850, prolongando-se até as duas primeiras décadas do século XX, e, muitas vezes, recuamos ou avançamos nessa periodização inicial em prol de informações preciosas para compor o nosso cenário. Quanto à delimitação territorial, perpassamos por Mariana, Passagem de Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte, além de espaços secundários, mas não menos importantes, que foram se impondo no decorrer das pesquisas e fontes documentais encontradas. Sempre que falamos de nossas pesquisas ressaltamos recortes temporais, espaciais, fontes utilizadas, teorias, revisões bibliográficas, mas, pouco explicamos como chegamos a elas. Quando iniciei o curso de História vivenciei dois momentos que considero cruciais para os estudos da escravidão, da liberdade e do pós-abolição. Primeiro, estudos que abordavam Minas Gerais no período provincial. Naquele momento, anos 1980, colocava-se a importância de estudos que avançassem para além do período colonial. Esse debate estava acompanhado de um outro, a ruptura da concepção de que pouco havia a ser estudo sobre Minas provincial, ou seja, romper com a tese até então predominante da decadência econômica após o declínio da atividade mineradora. Partia-se, do princípio de que o antigo centro minerador, a região Metalúrgica-Mantiqueira, marcado pela decadência econômica, havia, no caso da mão de obra escravizada, transferido maciçamente para as áreas cafeeiras da província mineira essas trabalhadoras e trabalhadores. Essas discussões transpareceram em estudos de autores como Francisco Iglésias, Roberto Martins, Douglas Cole Libby, Robert Slenes, entre outros, abrindo novas perspectivas aos estudos relacionados à instituição escravista em Minas Gerais, no século XIX, especialmente em sua segunda metade. Abreviando, e muito, o debate, a tese da decadência econômica cedeu espaço à tese da “reinvenção”, ou seja, a região, por suas características geográficas, fortaleceu-se como centro abastecedor a partir de uma produção agrícola e pecuária diversificada, sustentada pelo braço escravizado. Por outro lado, a historiografia sobre a escravização de homens e mulheres, naquele mesmo momento, incorporava novos temas, fontes e abordagens que traziam ao centro dos estudos as ações cotidianas de resistência, relações de trabalho, obtenção de alforrias, entre tantas outras possibilidades de estudo. Foi nesse contexto, como pesquisadora em formação, posteriormente consolidado com o curso de Ciência Política, que despertei para as pesquisas que venho desenvolvendo e que têm como norte principal compreender, e, trazer ao debate, os processos que propiciaram e consolidaram a construção de uma cidadania excludente cujos efeitos negativos sentimos ainda hoje. Quanto ao acervo que selecionei para aqui apresentar, compreendo que as fotos selecionadas são uma extensão das temáticas que desenvolvi em meus estudos anteriores e que são representativas de um longo processo de lutas pela consolidação de uma cidadania plena ainda não finalizado.
Área de relacionamentos
Área de pontos de acesso
Pontos de acesso local
Ocupações
Área de controle
Identificador de autoridade arquivística de documentos
Identificador da entidade custodiadora
Regras ou convenções utilizadas
ABNT, 2023;
ISAAR, 2004
Estado atual
Nível de detalhamento
Datas de criação, revisão e eliminação
22/01/2025
Idioma(s)
- espanhol
- inglês
- italiano